LETRAMENTOS EM AMBIENTES DE VULNERABILIDADE: do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) às práticas no/do Cotidiano
Letramentos, Vulnerabilidade, Linguística Aplicada Crítica.
Os novos estudos linguísticos mostram que os letramentos se manifestam de múltiplas formas, conforme cada contexto social, principalmente, sob abordagem da Linguística Aplicada Crítica (LAC). A pesquisa empreendeu responder de que forma os letramentos promovidas no contexto do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), norte-matogrossense-amazônico, favorecem o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas em situação de vulnerabilidade. De pesquisa metodológica etnográfico e interpretativista, o estudo fundamentou-se teoricamente nas visões de autores que reconhecem a linguagem como prática social: Grupo Nova Londres (2021), Santos-Marques e Kleiman (2020), Kalantzis, Cope e Pinheiro (2020), Janks (2016), Jordão (2016), Pinheiro (2016), Monte-Mór (2015), Tfouni, Souza e Cruz (2013), Freire (2012; 2013; 2015), Street (2014; 2007), Tfouni (2010), Rojo (2009), Pennycook (2006), Signorini (2006), Soares (2004a; 2004b), Kleiman (1995, 2005; 2007), Gee (2000) e dentre outros. A partir dos estudos propostos, compreendo que as práticas sociais de linguagem, movidas pelos eventos de letramentos, portanto, são fenômenos inseparáveis. Ou seja, coexistem. Observei que os letramentos no locus de pesquisa não fazem usos de leituras e de escritas, mas de diálogos, de roda de conversas, de pintura em telas, de artesanatos, de danças, de palestras, de oficinas e outras formas, inferido no desenvolvimento da pessoa através da conscientização, da cidadania e formação humanizadora.