“POTENCIAL DE ACLIMATAÇÃO FOTOSSINTÉTICA E DE RESPIRAÇÃO DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS DA BORDA SUL DA AMAZÔNIA
absorção de carbono, mudanças climáticas, sazonalidade, temperatura.
A partir da década de 1990 vem ocorrendo mudanças climáticas sobre as florestas amazônicas, como o aumento da temperatura, estresse hídrico e frequência e intensidade das secas. Portanto o processo de aclimatação fotossintético e respiratório será de grande importância para às plantas desta região, pois através deste processo as plantas podem manter a absorção de carbono em temperaturas elevadas. Com isso, nosso objetivo foi avaliar o potencial de aclimatação térmica nos processos de fotossíntese e respiração foliar escura de duas espécies importantes e amplamente distribuídas nas florestas da borda sul da Amazônia; Hymenaea courbaril e Protium altissimum. Nosso experimento foi desenvolvido em duas estufas climatizadas, a primeira funcionando em temperatura ambiente e a segunda funcionando a +1.5°C e +2.5°C. Medimos a resposta de temperatura da fotossíntese líquida, da respiração foliar adaptada ao escuro para as duas espécies em três ciclos de medições (pre-tratamento, +1.5°C e +2.5°C). No geral, nossos resultados mostram que os parâmetros fotossintéticos e de respiração foliar escura não apresentam evidências claras de aclimatação em relação às estufas, pois a resposta à temperatura ocorre de maneira semelhante entre as estufas. No entanto observamos algumas variações nas repostas de fotossíntese e respiração entre os ciclos para as duas espécies que tendem a fornecer alguma evidência para um ajuste sazonal na sensibilidade térmica das espécies em relação a variação natural da temperatura da região. Concluímos que apesar de não apresentar aclimatação ao aumento de temperatura as espécies podem apresentar importantes estratégias para lidarem com a variação de temperatura da região e diminuir a perda de carbono durante as estações mais quentes.