Úteis, mas podem melhorar: avanços metodológicos para a Modelagem de Nicho e Modelagem de Distribuição de Espécies
avaliação de modelos, importância das variáveis, sinal ecológico, viés de coleta.
A Modelagem de Nicho Ecológico e a Modelagem de Distribuição de Espécies (ENM e SDM) são amplamente utilizadas em várias áreas do conhecimento que objetivam entender as propriedades do nicho e da distribuição das espécies. O desenvolvimento de ferramentas e de conceitos para modelar nicho e distribuição de espécies ocorreu rapidamente ao longo de sua curta história, que teve início na década de 1990, sob o objetivo de incorporar mais significado ecológico e precisão aos mapas de predição dos modelos. Portanto, a busca por algoritmos mais precisos tornou-se inevitável, bem como a busca por melhores formas de avaliar esses modelos. Entretanto, os modeladores não formam uma unidade para recomendar o arcabouço metodológico e teórico, e isso gera imprecisões na construção e interpretação dos resultados dos modelos. Nesse sentido, ainda precisamos avançar conceitualmente e metodologicamente e nos propomos a alcançar esse objetivo de tornar os ENM e SDM mais confiáveis. Para isso buscamos responder à seguinte pergunta: podemos construir e interpretar ENM e SDM mais robustos, que proporcionem interpretações ecológicas válidas em suas múltiplas esferas de utilização? Acreditamos que sim e propomos nova metodologias para: 1) Identificar processos, com significado ecológico, para uma melhor compreensão dos atributos das espécies modeladas; 2) Avaliar e propor alternativas para proporcionar uma avaliação dos modelos mais acurada; 3) Identificar o efeito do viés de coleta sobre os desempenho preditivo dos modelos e apresentar soluções; e 4) Apresentar um protocolo, baseado em probabilidade, para identificar as variáveis mais importantes para a modelagem, proporcionando interpretações ecológicas úteis.