Árvores no Sul da Amazônia estão se aproximando dos limiares fisiológicos desencadeados por falhas hidráulicas e térmicas
Árvores tropicais; stress hídrico; seca extrema; resistência à embolia; características funcionais da madeira; sensibilidade hidráulica
O aumento da frequência de secas representa um risco para a função futura das árvores tropicais. Estudos anteriores descobriram que grandes árvores tropicais enfrentam maior risco de mortalidade durante a seca, mas os mecanismos por trás disso não são claros. Aqui investigamos se grandes árvores tropicais têm características hidráulicas diferentes de coespecíficos menores. Calculamos a condutividade hidráulica do xilema a partir de medições anatômicas e determinamos a resistência do xilema à embolia, margem de segurança hidráulica e características funcionais da madeira para quatro espécies de árvores no sul da Amazônia no Brasil, em uma variedade de alturas de árvores de arvoretas a árvores adultas próximas de suas alturas máximas. Descobrimos que as árvores mais altas dentro da espécie apresentam maior eficiência hidráulica e são mais vulneráveis à embolia e, portanto, mais susceptíveis à seca do que as coespecíficos mais baixos. Também descobrimos que a densidade da madeira e o diâmetro dos vasos são bons preditores da vulnerabilidade hidráulica do xilema. No geral, os resultados sugerem que o aumento da vulnerabilidade hidráulica com a altura pode ajudar a explicar os padrões de alta mortalidade induzida pela seca em árvores de grande porte.