Padrões espaço-temporal de co-ocorrência na assembleia de peixes em um igarapé tropical, sudoeste da Amazônia
Montagem de comunidades.
Ictiofauna.
Modelos nulos.
Avaliamos os padrões espaço-temporal de co-ocorência de uma assembleia de peixes numa sub-bacia hidrográfica amazônica, com duas hipóteses: (i) A assembleia de peixes se estrutura espaço-temporalmente com um padrão de co-ocorrência não aleatório por influência das condições ambientais (período hidrológico e variáveis físico-químicas), tendo em vista que os fatores ambientais podem ser determinantes na montagem das assembleias; (ii) Espécies com maior similaridade em tolerância às condições ambientais tendem a ter maior co-ocorrência, pois os efeitos das variáveis ambientais podem ter implicações diretas na composição organizacional das espécies de peixes. Assembleias de peixes apresentaram uma organização em escala espaço-temporal e temporal, entretanto há aleatorização. As espécies se segregaram em escala sazonal, tanto na seca quanto na cheia. A tolerância se correlacionou com a co-ocorrência das espécies no período da seca, onde as espécies tenderam a segregarem seu nicho físico-químico nesse período sazonal. A antropização pode estar contribuindo para, espacialmente, as assembleias não estarem formando padrões determinísticos. O período da cheia foi determinante nos padrões de organização. No período da seca, espécies com requisitos ambientais dissimilares tendem a co-ocorrer menos. O pH influenciou na organização da assembleia. As variáveis físico-químicas (pH, temperatura da água, oxigênio dissolvido) influenciaram na composição de espécies.