Modificações ontogenéticas na termotolerância de espécies florestais da transição Amazônia-Cerrado
cerradão, Hirtella glandulosa, Xylopia aromatica, plântulas, atributos funcionais foliares, fotossíntese
Durante o seu desenvolvimento, as plantas sofrem grandes alterações fisiológicas, morfológicas e anatômicas. Diante disso, nosso objetivo foi avaliar compara a tolerância térmica de duas espécies nas fases jovem e adulta. Medimos a termotolerância, a fotossíntese máxima e diversos atributos morfológicos foliares de duas espécies típicas de cerradão na transição Amazônia-Cerrado, Hirtella glandulosa e Xylopia aromatica, nas fases jovem e adulta. As espécies apresentam diferentes ajustes nos atributos relacionados à resistência térmica durante o seu desenvolvimento. Indivíduos adultos de H. glandulosa apresentaram folhas com maiores peso úmido, fotossíntese máxima, eficiência (intrínseca) no uso da água, conteúdo de água e massa foliar por área, e os indivíduos jovens apresentaram maiores comprimento do pecíolo, espessura foliar e teor de matéria seca. Os indivíduos adultos de X. aromatica apresentaram folhas com maiores larguras do declínio da termotolerância, comprimento do pecíolo, peso úmido, diâmetro do pecíolo, peso seco, espessura e conteúdo de água e para jovens apenas o teor de matéria seca e a área foliar específica foram maiores. X. aromatica apresentou a T5 dentro dos limites de temperatura observados para outras espécies da região, caracterizando assim maior sensibilidade térmica, e as folhas de H. glandulosa suportaram altas temperaturas sem danos térmicos, sendo portanto mais indicada para plantios na recuperação de áreas degradadas.