O RIO ARAGUAIA ESTÁ PARA PEIXE?
AVALIAÇÃO DA PESCA BASEADA NA MODELAGEM ECOSSISTÊMICA
Ecopath with Ecosim, ecossistema pesqueiro, estoque pesqueiro, sobrepesca, teia trófica.
Avaliar o ecossistema e simular o impacto do esforço da pesca foi o principal objetivo deste estudo. O modelo Ecopath with Ecosim e indicadores ecossistêmicos, foram as ferramentas para termos respostas às seguintes perguntas: (i) Em que condições de controle se encontra a teia trófica que contém as espécies-alvo da pesca no Alto rio Araguaia? (ii) Qual o efeito de um possível aumento da captura das espécies-alvo da pesca sobre a teia trófica? (iii) O que os indicadores ecossistêmicos dizem sobre a sustentabilidade da pesca no Alto rio Araguaia? Para responder essas perguntas, utilizou-se dados do desembarque pesqueiro para o trecho no Alto rio Araguaia entre 2013 e 2017. Os resultados foram: (i) O ecossistema tem uma dinâmica observada por conexões alimentares apontado no modelo trófico informando ser um ambiente maduro, com uma média resiliência. (ii) A simulação do aumento do esforço da pesca (cenários entre 2013 e 2023), mostrou a queda de biomassa dos peixes para os cenários futuros, comprometendo as espécies chaves: caranha e duas espécies de pintados, além de mostrar um indicativo de sobrepesca para espécies predadoras: pirarara e tucunaré. (iii) Os atuais indicadores apontam que a pressão de pesca exercida pelos pescadores é sustentável. Concluindo que, há uma a necessidade de dar atenção ao ecossistema pesqueiro devido à média resiliência, e que o monitoramento é importante para estabelecer os estoques pesqueiros, pois a redução de biomassa, afetará negativamente os serviços ecossistêmicos e econômico, mesmo sabendo que a pesca de pequena escala é sustentável, sendo um alerta para atuar no gerenciamento da pesca.