CONECTIVIDADE EM MANCHAS FLORESTAIS NA PAISAGEM HETEROGÊNEA: ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DE MAMÍFEROS NÃO VOADORES DA ILHA DE SANTA CATARINA
Conectividade, mamíferos, diversidade funcional, matriz urbana
A perda e a fragmentação de habitats são uma das principais ameaças à biodiversidade levando tanto à extinção local de espécies outrora bem adaptadas à paisagem original quanto ao aumento ou mesmo colonização do habitat por outras espécies, geralmente generalistas. A fragmentação dos habitats naturais tem levado à formação de paisagens cada vez mais incapazes de manter a biodiversidade dos ecossistemas, pois o tamanho dos fragmentos diminuiu e o grau de isolamento entre eles aumentou, bem como as mudanças de permeabilidade da matriz para o fluxo de organismos entre os fragmentos que terão efeitos significativos na estrutura da comunidade.
Dada a urgência de uma ocupação racional da paisagem para a conservação ambiental e consequente manutenção da qualidade de vida, é necessário um conhecimento mais preciso sobre a fragmentação do habitat e a matriz de fundo da urbanização.
Atualmente, o ISC encontra-se em processo de regeneração florestal natural, apresentando recuperação de 68,27% da vegetação nativa -Mata Atlântica- em estágio sucessional secundário. Apesar da importância desse processo, sabe-se que seus habitats esgotados podem ter perdido muitos elementos faunísticos importantes para a manutenção das interações ecológicas. No entanto, o desgaste do tecido urbano nas áreas de proteção legal (UCs) desse território é continuamente observado. Esse processo contemporâneo de produção do espaço urbano, permitido por meio de instrumentos legais, vem causando uma forte deterioração da qualidade de vida em decorrência da degradação dos habitats originais que agora estão inseridos nesse ambiente antropizado, e comprometendo a integridade ecológica.