AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO UTILIZANDO DIFERENTES MÉTODOS DE SEMEADURA E A TOLERÂNCIA DAS MUDAS DE INGÁ-BANANA (Inga vera Willd.) A INUNDAÇÃO EM ÁREAS ÚMIDAS DEGRADADAS NO PANTANAL MATO-GROSSENSE.
Ciclo-hidrológico, Restauração ecológica, Semeadura direta, transplantio.
No Brasil este se localiza na região Centro-Oeste, o Pantanal sendo a maior planície inundável do mundo enfrenta anualmente consideráveis degradações decorrentes de atividades humanas, principalmente pelas queimadas e desmatamentos. Diante dessa realidade, a restauração ecológica emerge como uma medida essencial para recuperar esses ecossistemas em desequilíbrio. Uma abordagem promissora para auxiliar na mitigação dessas áreas é com o uso de espécies nativas locais, logo, uma espécie que é muito encontrada e bem adaptada a essas áreas, da família Fabaceae é o Inga vera Willd., conhecida como Ingá-Banana, devido à sua abundância e adaptação a esses locais com inundações sazonais, também desempenham um papel significativo no reflorestamento e na recuperação de matas ciliares degradadas. Considerando a importância da restauração de áreas úmidas inundáveis e por meio de abordagens para redução dos danos, o objetivo deste estudo foi avaliar qual método de semeadura favorece a maior taxa de emergência além de investigar qual o efeito do ciclo hidrológico na germinação, emergência e na sobrevivência de mudas da espécie I. vera. O experimento foi realizado no Pantanal, em Cáceres – MT, abrangendo diferentes ambientes realizados ao longo dos anos de 2022 e 2023. As avaliações quantitativas realizadas incluíram experimentos de germinação com observações semanais ao longo de 13 a 18 semanas, além de um experimento de inundação em parcelas com diferentes níveis para simular o ciclo da água do Pantanal, monitorado por 07 meses. Os dados coletados permitiram análises estáticas, incluindo o cálculo do tempo médio de emergência, porcentagem de emergência, tempo de submersão e porcentagem de sobrevivência. Obtivemos resultados satisfatórios, com nenhuma ocorrência de 0% de emergência das sementes. A semeadura direta em solo úmido, sem longos períodos de submersão, mostrou-se mais eficiente, enquanto o método de semeadura direta em cova, este sendo com ou sem serapilheira, destacou-se como o mais eficaz para a restauração, garantindo o desenvolvimento seguro e o crescimento das mudas. Além disso, áreas com cotas de níveis abaixo de 3,0 m em relação ao nível do rio, foram identificadas como inadequadas para o transplantio de mudas desta espécie, pois a mesma não suporta passar por longos períodos de inundação em sua fase de muda.