ÁGUA E AGRONEGÓCIO: IMPLICAÇÕES E RISCOS À
SUSTENTABILIDADE DO ABASTECIMENTO URBANO NA AMAZÔNIA
NORTE MATO-GROSSENSE
Água, Agronegócio, Amazônia Norte Mato-grossense,
Recursos Hídricos Urbanos, Sustentabilidade.
A água deve ser considerada como um bem comum que pertence a todos os
seres humanos e a toda as espécies existentes no planeta. Assim, não se pode
negar o acesso à água potável e segura para consumo humano sob pena de
ferir o direito humano essencial, fundamental e universal determinante a
sobrevivência das pessoas. O direito ao acesso a água deve ser tratado com
devida importância e relevância por todos e principalmente pelo Estado. A
região norte mato-grossense passou por mudanças na configuração de seu
território motivadas pela expansão da fronteira agrícola capitalista. O
agronegócio instalou-se nas mais diversas áreas da região, fato que tornou o
Estado de Mato Grosso o maior produtor de grãos do país. Esse processo
propiciou o crescimento populacional nas cidades, intensificando a exploração
dos corpos d’água para atender a demanda para o abastecimento urbano, fator
que afeta a captação e distribuição dos recursos hídricos comprometendo os
rios, córregos, entre outros que formam as bacias e sub-bacias hidrográficas
que abastecem os reservatórios subterrâneos. Diante do cenário de intensa
modificação dos biomas e das degradações ocasionadas pelo processo de
crescimento econômico, poderá haver diminuição do potencial de
sustentabilidade no tocante ao abastecimento urbano de água nas cidades do
agronegócio. O estudo que se apresenta poderá subsidiar o entendimento
sobre a relação conflitiva entre o modelo de desenvolvimento implantado pelo
agronegócio (pecuária e grãos) e suas implicações e riscos em questões
relativas as possibilidades de déficit hídrico urbano nas macrorregiões a serem
pesquisadas.
Pesquisad