Banca de DEFESA: CRISTIANE VILLAS BOAS SCHARDOSIN

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTIANE VILLAS BOAS SCHARDOSIN
DATA : 12/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Web-conferência
TÍTULO:

A LINGUAGEM NA PRISÃO: O USO DE GÍRIAS ENTRE AS DETENTAS DE
UMA CADEIA PÚBLICAFEMININA NO ESTADO DE MATO GROSSO


PALAVRAS-CHAVES:

 Gírias; Educação; Linguística Aplicada; Reeducandas


PÁGINAS: 101
RESUMO:

Esta dissertação tem como objetivo analisar, na interação social das reeducandas,
as gírias usadas por elas e construir a percepção da relação que há nessa
linguagem dentro da perspectiva da Linguística Aplicada. O interesse pelo tema
partiu da necessidade de compreender as informações que eram dadas pelas
reeducandas/alunas por meio de vocábulos gírios. Surgiu então o questionamento:
“É necessário conhecer o vocabulário utilizado por esses sujeitos?” Porque interagir
com essa parcela da população não é uma tarefa fácil, tendo em vista que se
utilizam de uma linguagem restrita. Educadores que ingressam para lecionar
nessas Unidades têm, a princípio, uma grande dificuldade para entender a maneira
que as internas se comunicam. Embora conheçam gírias, em determinados
momentos de conversa com esse público, algumas palavras e ou expressões são
totalmente incompreensíveis por quem não faz parte desse grupo. Para isso,
abordamos como se dá o ensino de Língua Portuguesa na cadeia pública, para
mulheres privadas de liberdade, dando visibilidade às condições para o
ensino/aprendizagem das detentas. Dessa forma, buscamos descrever e
compreender a linguagem mobilizada nessas especialidades, com vistas a delinear
especificidades linguísticas dessa comunidade de fala. A partir dessas experiências
como professora no sistema penitenciário e socioeducativo, pudemos observar,
também, que, ao ser privada de liberdade e adentrar no ecossistema do presídio,
as reeducandas precisam se adaptar às regras internas estabelecidas pela
comunidade de detentas, por várias razões, como: pertencimento, segurança,
sobrevivência, etc. Uma dessas adaptações diz respeito à adoção das práticas
linguageiras utilizadas na cadeia, ou seja, aprender o uso, os significados e a
aplicabilidade de termos proferidos pelas reeducandas veteranas. Diante de todas
essas ponderações, assumimos nesta pesquisa que o falar das detentas é
constituído por gírias e expressões utilizadas em seu cotidiano. Essa linguagem
que utilizam torna-se um padrão comunicativo, cuja finalidade é a de integrar os
indivíduos, independentemente de classe social, idade, procedência e delito, em
um grupo uníssono. A partir dessa linha de investigação sobre a linguagem na
prisão, é que nos propomos a olhar, linguisticamente, para as práticas sociais e de
linguagem das reeducandas de uma cadeia pública mato-grossense, localizada na
cidade de Cáceres-MT. Esse movimento proposto é importante para os estudos
linguísticos pantaneiros, visto ser pouco discutido na academia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 314.500.911-72 - LUCIA MARIA DE ASSUNÇÃO BARBOSA - UNEMAT
Externa ao Programa - 131986001 - ERIKA REGINA SOARES DE SOUZA
Externa à Instituição - DINAURA BATISTA DE PÁDUA - UFMT
Notícia cadastrada em: 20/08/2024 13:31
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