O MUSEU DO VALE DO ARINOS E SUAS RELAÇÕES, TECITURAS E PRÁXIS COM AS ETNIAS INDÍGENAS APIAKÁ, KAYABI E MUNDURUKU”
Práxis Decoloniais. Tessituras Interculturais. Indigenismo e Museu.
Em uma perspectiva intercultural esta dissertação apresenta uma homologia de informações e perspectivas com objetivo de colaborar com o debate decolonial nos espaços institucionais museais e indigenistas. Para isso a pesquisa buscou compreender o Museu do Vale do Arinos, (a partir do seu campo indigenista) instituição da administração pública municipal de Juara-MT, de caráter regional, e sua arquitetura relacional e política com os povos indígenas Apiaká, Kayabi, Munduruku e Rikbaktsa, grupos étnicos ancestrais que compõe a gestão da instituição museal por meio do Conselho Curador. Para o aprofundamento necessário a pesquisa buscou problematizar a colonialidade do poder, sua dimensão ontológica e o pensamento racializado da sociedade não indígena contra as posturas e tessituras decoloniais desses povos desde a invasão e expropriação de seus territórios ancestrais até o presente. A pesquisa buscou ainda analisar quais práxis decoloniais são possíveis a partir do equipamento social museu, do seu espaço educativo e de suas relações interculturais com esses diferentes povos. Essa pesquisa se fundamentou no paradigma da investigação científica, política e educacional acerca de tudo que possa impactar, de uma forma ou de outra, povos originários que são grupos vulneráveis os quais sofrem, historicamente, com a proteção assistencialista de caráter positivista das instituições coloniais. O horizonte metodológico da pesquisa foi qualitativo. As técnicas de coletas de informações dos sujeitos participantes da pesquisa foram dialógicas, abertas, presenciais e via tecnologias digitais da informação e da comunicação. Também recorremos à técnica da análise de documentos, à pesquisa empírica e a participação de colaboradores diretos e indiretos.