NEUROCIÊNCIA: UMA ALTERNATIVA PEDAGÓGICA PARA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Neurociência, Educação, Aprendizagem, Ensino, Metanálise.
Nesta dissertação, analisamos trabalhos científicos relacionados ao tema de nossa pesquisa, buscando evidências para compreender quais estudos estão disponíveis até o momento relacionados a neurociência e educação, e quais poderiam estar sendo utilizados por professores a fim de auxiliar o ensino e aprendizagem, nas práticas pedagógicas cotidianas. Dessa forma, o objetivo geral foi analisar e compreender como essas pesquisas podem favorecer a prática docente visando à aprendizagem. Assim, realizamos uma metanálise qualitativa, cujos dados foram tratados por meio de Análise Textual Discursiva (ATD). Coletamos 10 artigos, 12 dissertações e 4 teses em quatro bases eletrônicas diferentes, a saber: Portal de Periódicos Capes; Google Acadêmico; Banco de Teses Capes e o Banco Digital Brasileiro de Teses e Dissertações. A partir da pesquisa, emergiram três categorias, a saber: (i) Indicadores Procedentes da Neurociência para Prática Pedagógica; (ii) A Neurociência na Formação de Profissionais; e (iii) As Deliberações do Campo da Neurociência para os Contextos Educacional e de Pesquisa. Por meio da análise, podemos indicar alguns elementos: que a aproximação entre neurociência e educação com o intuito de contribuir com a aprendizagem dos estudantes depende da articulação dos indicadores para a prática pedagógica; da formação docente; e da relação dos docentes com os achados neurocientíficos e suas interações com os neurocientistas. Os resultados do estudo até o momento, mostra que os professores podem usufruir de conhecimentos disponibilizados pela neurociência a fim de potencializarem as aprendizagens dos estudantes. Além disso, as aproximações entre neurociência e educação por meio da metanálise qualitativa, oportunizaram presumir o potencial da rica conjuntura entre as áreas, pois a complementação de saberes pode agregar com a prática docente, a aprendizagem do educando. Entretanto, deve-se considerar que os conhecimentos das neurociências não são uma nova proposta de educação e nem propõe uma nova pedagogia, nem promete soluções definitivas para as dificuldades da aprendizagem, no entanto pode colaborar para fundamentar práticas pedagógicas que já se realizam com sucesso e sugerir novas ideias para intervenções, demonstrando que as estratégias pedagógicas que respeitam a forma como o cérebro funciona tendem a ser mais eficientes conforme estudos da neurociências comprovam.