ENSINO DE HISTÓRIA E FACEBOOK: IMPLICAÇÕES NA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DE ESTUDANTES DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE MIRASSOL D’ OESTE
Consciência histórica; Didática da História; valorização do humano.
A presente dissertação de mestrado profissionalizante ProfHistória, cuja linha de pesquisa é
Linguagens e Narrativas Históricas, tem como objetivo geral entender a capacidade humana
de “ler o mundo”, uma certa atuação política, entendendo esta como um fator histórico com
capacidade de influenciar significativamente na vida das pessoas, logo, para que tal capacidade possa fluir de maneira mais assertiva é necessário procurar responder a pergunta:
como desenvolver um trabalho pedagógico com as postagens, na perspectiva do ensino de
história? Entendemos que ao responder também estamos construindo conhecimento, e que na resposta a tal questão é necessário direcionar os trabalhos para a interpretação de narrativas postadas em rede social Facebook, cujo foco em questão será o ensino de história, observando a consciência histórica em torno do racismo. Direcionamos nosso foco nas narrativas, no entanto não desconsideramos a importância das imagens que são inerentes as relações sociais no Facebook. Por meio da pesquisa interpretativista o professor direciona atividades em um grupo fechado na rede social, posteriormente colhe as narrativas buscando contextualizá-las com a história e o ensino de história. Discutimos a didática da história, e de maneira breve apresentamos autores que não comungam com Rüsen (2001, 2019) e Cerri (2011) sobre a didática e a transposição, no entanto, fazem parte da historiografia do Ensino de História. Debatemos também a concepção da consciência histórica que é expressa por meio das narrativas, e que é necessário entendê-las, bem como compreender suas tipologias temporais. Tais concepções de ensino aplicada no contexto escolar pode ser libertadora, ela pode atuar no sentido de proporcionar com que o sujeito seja um crítico de sua sociedade, bem como saiba seu papel social. Ocorre que para trabalhar com o desenvolvimento da mesma é necessário trabalhar com os conceitos substantivos e de segunda ordem, trabalho orientado pela literacia histórica e pela didática da história, esta é um conhecimento teórico que para muitos estudiosos do ensino de história é um campo do saber, uma área de conhecimento. A didática da história também ajuda no desenvolvimento da consciência histórica a partir do momento que procura entender o conhecimento comum, o científico, e o escolar, com intuito de propor o debate reflexivo de crescimento dos sujeitos. Discutimos sobre os ambientes de aprendizagem, meios de comunicação, redes socias, Facebook como ferramenta pedagógica, inclusive o próprio site apresenta dicas aos professores. Procuramos mostrar a necessidade de utilizar o Facebook como uma possibilidade de aproximação do conhecimento dos alunos, aproximar do que os mesmos entendem sobre história. Na presente dissertação a ideia da valorização do saber do aluno é abundantemente explorada com pensadores da educação, da psicologia, do ensino de história, pois, acreditamos haver possíveis ligações entre eles. Nesta dissertação o desenvolvimento humano é apresentado pelos teóricos como: Barca (2019); Carrenho, Tassinari e Pinto (2010); Cerri, (2011); Fonseca (2011); Freire (1967, 2002); Lee (2006, 2016); Rogers (1985); Rüsen (2001, 2019); Schmidt (2009, 2010, 2014, 2019); destes os que mais foram utilizados, pilares principais: Cerri (2011), Rogers (1985) e Rüsen (2001, 2019). Ademais, na dissertação, discute-se bastante as TCIs na atualidade e suas consequências escolares e sociais como um todo.