ENTRE SABERES E VOZES: AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DE HISTÓRIA E A TEMÁTICA DE GÊNERO E SEXUALIDADE
Interseccionalidade; Ensino de História; Gênero; Sexualidade
A presente pesquisa está sendo realizada no Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), onde propomos identificar se, e como as temáticas de gênero e sexualidade são trabalhadas nas aulas de história do Ensino Médio na Rede Básica de Educação de Mato Grosso. As relações de gênero e sexualidade estão presentes na escola, expressas dentro e fora da sala de aula, o que nos leva problematizar as práticas de ensino de professores de história no que tange as questões de gênero e sexualidade: As professoras e professores de história possuem saberes e/ou conhecimentos acerca das questões de gênero e sexualidade? Que conhecimentos e saberes são estes? As questões de gênero e sexualidade são trabalhadas nas aulas de história? Que abordagens são realizadas? Os professores de história demonstram preocupação com o trato dessas temáticas nas aulas de história? Esta pesquisa utiliza-se do método qualitativo, tendo como instrumentos metodológicos a análise dos documentos de referência curricular BNCC de Mato Grosso (2012/2018) e entrevistas com docentes da disciplina de história do Ensino Médio da Rede Estadual de Educação de Mato Grosso, por meio da História Oral. A análise documental e das entrevistas se deu por meio do conceito-referencial teórico de interseccionalidade das autoras norte americanas Angela Davis (1981) e Kimberlé Crenshaw (1989) além das categorias de Gênero de Beauvoir (1949) e a categoria sexualidade de Foucault (1988) , estes lançam olhares que entrelaçam as secções de gênero, sexualidade, raça e classe, ampliando as perspectivas de estudo sobre o atravessamento dos marcadores sociais e a temática de gênero e sexualidade, no contexto das orientações curriculares e das práticas de ensino de professores de história. Os resultados parciais apontam principalmente para a não centralidade da temática nas práticas de ensino de história, além da marginalização/proibição da discussão, onde muitos professores em sua formação profissional, não se instrumentalizaram dos conceitos e reflexões sobre a questões de gênero e sexualidade.