Banca de DEFESA: ANA CAROLINE DO NASCIMENTO PIMENTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINE DO NASCIMENTO PIMENTA
DATA : 29/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UNEMAT ONLINE
TÍTULO:

MULHERES NEGRAS NO ENSINO DE HISTÓRIA: ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO NOVO ENSINO MÉDIO.


PALAVRAS-CHAVES:

Ensino de História; Mulheres Negras, Livro didático, Novo Ensino Médio.


PÁGINAS: 142
RESUMO:

A presente dissertação teve como objetivo analisar a presença e as ausências da história das mulheres negras e os significados atribuídos nos conteúdos de história da coleção Humanitas.Doc de Ciências Humanas do Ensino Médio, considerando o contexto das políticas educacionais, como a Lei 10.639/03, a Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Novo Ensino Médio. Buscamos compreender como esses sujeitos históricos foram representados no material didático do Novo Ensino Médio a partir das perspectivas decoloniais e interseccionais, entendendo que a construção de conhecimento emancipatório envolveu a escolha de romper com o eurocentrismo e confrontar uma teoria da História hegemonicamente europeia. Trabalhamos com as categorias de Colonialidade do poder, Racialização dos povos, Interseccionalidade e Colonialidade de gênero, com base em autores como Akotirene (2019), Quijano (2005) e Lugones (2014). A metodologia que atendeu às nossas necessidades de compreender com flexibilidade e autenticidade foi a pesquisa qualitativa, que, além de compreender a importância das construções históricas dos sujeitos analisados, admitiu e compreendeu a subjetividade do pesquisador. As mulheres negras foram sujeitadas a serem representadas pela escrita da história de forma subordinada à perspectiva eurocêntrica e etnocêntrica, resultando em um verdadeiro epistemicídio tanto na história das mulheres quanto na história da população negra. Com a análise da coleção Humanitas.doc de 2021  foi possível perceber que mesmo com alguns avanços na inserção de pessoas negras no conteúdo de história, ainda permanecem alguns estereótipos como a presença das mulheres negras estarem em grande parte, no período colonial escravista, retratadas em um imaginário de subalternidade e vulnerabilidade. Também foi possível identificar a ausência de mulheres em momentos significativos para o movimento negro e do movimento do feminismo negro durante o final da ditadura civil-militar no Brasil. A partir disto, entendemos que ao escolhermos essa temática, assumimos o compromisso com uma educação antirracista e antissexista, lutando contra a opressão de raça, gênero e classe. Estamos, assim, mais perto de uma sociedade mais justa, mesmo dentro de uma estrutura social que nos reprime a todo instante.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 68840001 - MARION MACHADO CUNHA
Interna - 34773007 - MARLI AUXILIADORA DE ALMEIDA
Interno - 131940001 - OSVALDO MARIOTTO CEREZER
Externa à Instituição - ANA CAROLINA DA SILVA BORGES - UFMT
Notícia cadastrada em: 06/08/2024 17:06
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