ENSINO DE HISTÓRIA E FACEBOOK: IMPLICAÇÕES NA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DE ESTUDANTES DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE MIRASSOL D’ OESTE
Consciência histórica; Didática da História; valorização do humano
A presente dissertação cuja linha de pesquisa é Linguagens e Narrativas Históricas, apresenta em seu final uma pesquisa com alunos de escola pública, em que procurou-se entender a consciência histórica dos mesmos a partir de postagens na rede social Facebook, no entanto, começa-se apresentando um pouco do histórico político educacional brasileiro a partir dos anos 1960, bem como seus desdobramentos até a presente data. Nos desdobramentos educacionais discutimos a construção da Didática da História com sua origem e função política dos estudos históricos tal como houve a necessidade de mostrar a importância da História para a sociedade alemã, pode se dizer que a partir da Didática da História é que surge o conceito Educação Histórica, um campo de pesquisa Inglês. É um campo de pesquisa que não comunga com as fazes de desenvolvimento piagetiano, independente da idade pode-se aprender história a qualquer momento da vida. Tal aprendizagem constrói a consciência histórica, esta é modificada constantemente conforme a experiência de vida da pessoa. A consciência histórica é expressa por meio da capacidade de narrar, e é necessário entender as narrativas, compreendendo a narrativa compreende-se a tipologia da consciência histórica. A consciência histórica é libertadora, ela pode atuar no sentido de proporcionar com que o sujeito seja um crítico de sua sociedade, bem como saiba seu papel social. Ocorre que para trabalhar com o desenvolvimento da consciência histórica é necessário trabalhar com os conceitos substantivos e de segunda ordem, trabalho orientado pela literacia histórica e pela didática da história, esta é um conhecimento teórico que para muitos estudiosos do ensino de história é um campo do saber, uma área de conhecimento. A didática da história também ajuda no desenvolvimento da consciência histórica a partir do momento que procura entender o conhecimento comum, o científico e o escolar para propor o debate reflexivo de crescimento dos sujeitos. Para alguns pesquisadores é possível fazer a transposição didática, ou seja, pegar o conhecimento científico e facilitar o entendimento para os alunos, outros usam o temo mediação didática, porém, parece não mudar nada em termos de atuação em relação a transposição didática. Rüsen é um pensador que não defende a transposição nem a mediação, para ele somente facilitar no vocabulário com os alunos é o ideal, visto que, o objetivo do ensino escolar é trabalhar a partir do que o aluno apresenta espontaneamente de conhecimento e se apresenta é porque tem algum saber e é a partir dele que o professor irá atuar. A valorização do saber do aluno é abundantemente explorada na dissertação com pensadores da educação, da psicologia, do ensino de história e com apontamentos das ligações entre eles. Desenvolvimento humano é apresentado pelos teóricos como: Barca, Carrenho, Tassinari, Pinto, Cerri, Fonseca, Freire, Lee, Rogers, Rosa, Rüsen, Schmidt, destes os que mais foram utilizados, pilares principais: Cerri, Freire, Rogers e Rüsen. Ademais, discute-se bastante as TCIs na atualidade e suas consequências escolares e sociais como um todo.