ASSENTAMENTO ROSELI NUNES EM MIRASSOL DO OESTE-MT: Território de Luta e Resistência
Trabalho; Produção; Renda; Campesinato; Resistência.
A pesquisa teve como objetivo analisar as dinâmicas espaciais, econômicas, sociais e territoriais do Assentamento Roseli Nunes, no município de Mirassol D’Oeste/MT, levando-se em consideração as relações existentes de territorialidades, de trabalho, de produção, de renda e de conflitos no campo. Discute-se o espaço e o território com uma abordagem temporal relacionada à questão histórica e construtiva do campesinato, com as políticas públicas para o acesso e para a permanência na terra. Nesta perspectiva, observaram-se as relações estabelecidas dentro do território do campesinato, frente ao avanço da produção capitalista, mantendo as prerrogativas de produção campesina alinhada à produção agroecológica, ou sumariamente em outras atividades que serviram como ponto de equilíbrio para o sustento da família. Quanto a metodologia aplicada no decorrer da pesquisa, principiou-se do estudo das teorias da questão agrária e das categorias geográficas espaço, território, trabalho e renda em autores referendados nas temáticas abordadas, destaca-se também a importância das políticas públicas que legitimam a importância da agricultura campesina. Em relação aos dados secundários, pautou-se de levantamentos em Órgãos Governamentais e, visita in loco ao objeto de pesquisa com metodologia de observação e interpretação do espaço/território, com a premissa de questões políticas, econômicas, sociais e territoriais presentes na localidade, através do desenvolvimento de questionário semiestruturado com a participação de treze camponeses, sendo a pesquisa quantiqualitativa. Entender o processo da relação do trabalho, produção e renda, nos permite pensar na construção da Geografia em um processo amplo, onde o homem se insere como objeto de transformação da “natureza natural” para a “natureza socializada”. Enfim, compreender a organização do Assentamento Roseli Nunes e as perspectivas quanto ao seu território, perpassa, sobretudo, pelos enfrentamentos ao grande capital, da luta e resistência que permitem a valorização da empiricidade e de identidade com a terra, com a vida e com a natureza.