IGARAPÉ DA CACHOEIRINHA: HIDRODINÂMICA, PROCESSO DE USO E OCUPAÇÃO E OS IMPACTOS ASSOCIADOS NA CIDADE DE MANAUS – AMAZONAS
Palavras-chave: Crescimento urbano. Canais fluviais urbanizados. Variáveis hidrodinâmicas. Impactos ambientais. Igarapé da Cachoeirinha.s fluviais urbanizados. Impactos ambientais.
Os canais fluviais correspondem a importantes elementos da paisagem no contexto das cidades. Devido à industrialização e consequentemente a aceleração da expansão urbana, os mesmos passaram por intensas alterações ambientais em seus cursos naturais. Esse mesmo processo ocorreu nos canais fluviais urbanos da cidade de Manaus, Amazonas. Diante disso, a presente dissertação tem como objeto de estudo a sub-bacia hidrográfica do igarapé da Cachoeirinha. O estudo objetivou analisar o processo de uso e ocupação, hidrodinâmica e os impactos no canal fluvial no igarapé da Cachoeirinha, na cidade de Manaus. Para o desenvolvimento do estudo, recorreu-se a organização em etapas, que foram o levantamento bibliográfico, levantamento cartográfico, análise de dados secundários, monitoramento das variáveis hidrodinâmicas, aplicação de protocolos nas dez seções transversais e posteriormente a sistematização dos dados. A rede de drenagem, na área de estudo, foi submetida a diversas alterações (alargamento, canalização, retificação) no leito fluvial, principalmente no médio e baixo curso. Através das mudanças nos processos fluviais, associados a densa urbanização no entorno, foram identificadas oito seções transversais em condições ruins, uma em condição regular e uma em condição boa. A única seção que apresenta condição boa está localizada na área de nascente, no alto curso do canal. Contudo, é possível afirmar que a sub-bacia, a partir da seção 3, encontra-se alterada e impactada em diversos níveis. Ainda, através das análises de dados batimétricos, o período com menores vazões é na vazante, mas o canal apresentou vazão zero na seção 1, período de vazante bem como na seção 10, no período de cheia, haja vista que esse trecho também recebe influência da cheia do rio Negro. A largura aumenta de montante para jusante apresentando variações entre os dois períodos estudados. Por fim, se faz necessário medidas para mitigar os diversos impactos sobre o igarapé da Cachoeirinha, pensando na sustentabilidade e diversidade ambiental que o canal exerce no contexto geral.